Danças da região
BATUQUE AMAZÔNICO:
O batuque amazônico, de origem africana, foi estabelecido na Amazônia durante a era colonial e é um termo genérico para danças de negros africanos. No Pará e no Amazonas também é aplicado aos cultos afro-brasileiros. Pretende-se festejar, neste caso a cabocla Jurema, que, na umbanda, é uma entidade que habita em uma lagoa e governa na lua nova. A dança consiste em invocar a cabocla, na qual os dançarinos alegam à proteção do Amazonas, porque é uma região de excesso de água.
CARIMBÓ:
Os índios Tupinambá originaram o carimbó, palavra que significa “pau que propaga o som”, influenciada pela cultura africana. O ritmo é alegre e agitado, as mulheres vestem saias rodadas estampadas e blusa branca, os homens calças curtas, camisa estampada, e dançam descalços. A coreografia começa com o homem batendo palmas, convidando a mulher para dançar e, então, formando círculo. À medida que as dançarinas giram suas saias tentam cobrir a cabeça do parceiro e este deve se esquivar, a vitória da mulher é a desmoralização do homem. Em determinado ponto da dança, um casal vai ao centro e realiza a dança do peru: o homem deve ajeitar o chapéu no chão e tentar pegar um lenço com a boca, se não cumprir o exigido, é alvo da saia da parceira e deve abandonar a dança.
DANÇA DA ANGOLA:
A dança da Angola, originária da África, foi trazida por escravos que se estabeleceram nas proximidades do rio Tapajós, especialmente em Santarém e Marajó, locais importantes para a difusão da dança. Ela é dançada exclusivamente por mulheres em pares, com os movimentos baseados nos versos cantados pelos músicos. A dança reflete os trabalhos, alegrias e tristezas dos negros, expressando sua cultura e história.
DANÇA DAS TAIEIRAS:
A Dança das Taieiras é uma dança tradicional feminina, originária das tradições afro-brasileiras e considerada uma variação dos confeitos do sul do Brasil. Esta dança tem significado religioso e é realizada em homenagem a São Bento e à Virgem do Rosário. Faz parte da tradição catarinense. Essa dança é realizada em muitas partes do Brasil, especialmente no Pará, como por exemplo em Cachoeira do Arari. Caracteriza-se pelo ritmo de samba chulado e também é chamada de Chula Marajoara. O nome "Taieiras" refere-se aos servos que carregavam água em potes para seus senhores.
MARAMBIRÉ:
O Marambiré foi criado após a abolição da escravatura e tinha como objetivo representar as esperanças dos negros por uma sociedade livre e justa. Essa dança tem suas raízes na Amazônia, especialmente em Alter-do-Chão, e se originou dos cantos que acompanhavam as procissões religiosas populares. Marambiré combina elementos religiosos e seculares. Era uma dança de duas pessoas, com coreografia complexa e um conceito bem definido. É sempre servido durante a celebração do Çairé.
SAMBA DO CACETE:
O Samba do Cacete surgiu no município de Cametá. Esta dança foi criada para mostrar toda a sensualidade da região. O nome se origina do instrumento que é usado para dar ritmo e marcação à música: os cacetes, dois pedaços de pau que são batidos no Curimbó, para dar cadência ao ritmo.
XOTE BRAGANTINO:
Xote Bragantino: o Xote Bragantino é originário da Hungria e foi trazido para Bragança pela nobreza, onde adquiriu uma nova coreografia regional. Esta dança surgiu devido à maneira única como é executada nesta área. Segundo Adelermo Matos no livro "Música na Mata", o xote bragantino é uma variação de uma dança antiga chamada "escocesa" ou "valsa escocesa", que se popularizou por volta de 1830. Esta dança foi introduzida pelos marinheiros de Bragança como assim chamado demonstrações. elogios, respondendo às demandas dos professores locais.
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